ESTUDOS



SHAVUÔT – A FESTA DAS SEMANAS

Dentre as festas do calendário bíblico/judaico, SHAVUÔT (semanas em hebraico, ou pentecostes, em grego), é a quinta festa. Vejamos o que diz a palavra:
“… contarei para vós, desde o dia depois do Sábado, isto é, desde o dia em que houverdes trazido o molho da oferta de movimento, sete semanas inteiras; até o dia seguinte ao sétimo Sábado, contareis cinqüenta dias; então, oferecereis nova oferta ao Senhor. Das vossas habitações trareis, para oferta de movimento, dois pães de dois décimos de efa; serão de flor de farinha, e levedados se cozerão; são as primícias do Senhor. Com os pães oferecereis sete cordeiros sem defeito, de um ano, um novilho e dois carneiros; serão holocausto ao Senhor, com as respectivas ofertas de cereais e de libação, por oferta de cheiro suave ao Senhor. Também oferecereis um bode para oferta do pecado, e dois cordeiros de um ano para sacrifício de ofertas pacíficas. Então o sacerdote os moverá, juntamente com os pães das primícias, por oferta de movimento perante ao Senhor, com os dois cordeiros; santos serão ao Senhor para uso do sacerdote. E fareis proclamação nesse mesmo dia, pois tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; é estatuto perpétuo em todas as vossas habitações pelas vossas gerações…” (Levítico 23:15-21)
É incrível como a Palavra de D-us é complexa e profunda, cheia de detalhes. Na Festa dos Pães Ásimos (Matzôt), D-us mandava contar sete dias até a Festa de das Primícias (Bikurim). Agora, D-us manda o povo judeu contar sete semanas inteiras até que se complete o qüinquagésimo dia, o Dia de Pentecostes. Se prestarmos bem atenção, as festas judaicas representam nossa caminhada com o Eterno. Sabemos que todas as Festas falam da pessoa do Messias. Vimos que nas três primeiras Festas (Pêssach, Matzôt e Bikurim), era-nos apresentada a pessoa do Messias ressurreto, ou seja, aquele que ressuscitou dos mortos e agora está vivo. Sua obra redentora está presente em nós. Ele nos resgatou da vida de pecado, tem nos libertado ao longo desta caminhada pelo deserto.
O Eterno deseja agora, outra oferta de movimento – não estática, não morta. Ele pede, agora, que as duas medidas de dois décimos de um efa de farinha se transformem em dois pães, já levedados, prontos para se comer algo sólido. Se atentarmos para o detalhe espiritual, podemos concluir que o Senhor agora deseja seguidores maduros na fé. Os dois pães levedados, isto é, fermentados, falam da contaminação, do pecado. Eu, particularmente, creio que os dois pães maduros que o Eterno deseja são a Igreja e Israel: dois povos salvos, sendo uma só família de D-us. Judeus e gentios em um só corpo de Yeshua Ha Mashiach.
O crente, na vida real, recebe o Messias como seu salvador pessoal e continua sua vida normal no deserto (mundo). Ou seja, Yeshua orou ao Pai para que não nos tirasse deste mundo, mas para que fôssemos sempre livres da tentação e para que vencêssemos o mundo. Há algo muito grande além da fé em Yeshua e de ter a vida eterna. D-us quer que desenvolvamos a salvação de nossa alma (mente, personalidade, caráter, emoções etc.) – Fp. 2:12. Ele, Yeshua, virá buscar uma noiva madura para desposar com ela e, com certeza, Ele não se porá em jugo desigual com esta noiva. A noiva tem que ter o caráter dEle, o jeito dEle, e, sobretudo, a santidade dEle. Por isso, Ele quer uma noiva que seja nova (SEM RUGAS) e sem defeito. Em outras palavras, crentes e filhos maduros que, sendo santos e totalmente separados para Ele, vivam, ainda neste mundo maligno, para testemunhar e glorificar o nome do nosso amado Messias.
Mas, quem irá nos capacitar para que vivamos nesta boa performance de vida? Ah! Só pode ser o próprio Rúach Há Kôdesh (Espírito Santo de D-us), aquele que nos ensina, exorta-nos, consola-nos e nos mostra os detalhes da pessoa do noivo. Agora, entendemos o porquê dos dons do Espírito Santo. Ele nos outorga capacidade e poder para sermos vitoriosos nesta vida, vencendo o pecado, derrotando o mal, testemunhando da glória e profetizando o amanhã, já escrito e determinado no coração do Eterno.
No capítulo 23, verso 18 do livro de Levítico, vemos que D-us, agora, deseja sete cordeiros como oferta. Isto mesmo, sete! Sabemos que o número sete fala da plenitude de D-us, daquilo que é perfeito, completo. D-us está, nesta festa de Shavuôt, revelando-nos um Messias perfeito, completo, inteiro para nós para que, ao mesmo tempo, nós sejamos semelhantes a Ele. A presença de um novilho fala de uma Festa de alegria. Os dois carneiros falam da perfeição e da beleza do caráter de Yeshua reveladas pelo Espírito Santo. As ofertas queimadas, com cheiro suave, indicam a aceitação do Senhor, purificando e qualificando a Igreja, pois, em Pentecostes, recebemos os dons do Espírito Santo justamente para nos ajudar e nos capacitar a sermos filhos maduros. Mas, por que a presença de um bode? O bode, na Bíblia, fala sempre da necessidade de expiação de pecados. Mesmo o crente batizado pelo Espírito Santo está vulnerável à queda e ao pecado, embora não tenha mais a natureza do pecado. Por isso, é necessário expiar, arrependermo-nos constantemente pelas nossas faltas e pecados.
Sefirát Ha Omêr, na língua hebraica, significa a contagem dos cinqüenta dias desde Pêssach, até a oferta de Shavuôt. No judaísmo, a palavra Omêr significa, na linguagem espiritual, um período necessário para se assumir a liberdade conquistada. Na Páscoa, fomos libertos da escravidão. Mas é importante e necessário nos conscientizarmos de que realmente somos livres, pois liberdade é, também, uma expressão de pensamento. Podemos estar livres fisicamente, mas mentalmente presos na alma. O que o Senhor Echád(Único) de Israel está querendo nos dizer?

EM SHAVUÔT, LIBERTA-SE PARA SERVIR

É isto mesmo! Assim como, na Festa da Páscoa, tomamos posse de que somos libertos da escravidão do pecado, assim também, após a contagem de Sefirát Ha Omêr, devemos tomar consciência de que, agora, o Senhor deseja nossa libertação para servi-Lo. Isto mesmo. Se D-us estivesse interessado somente na nossa vida eterna, bastaria que nos convertêssemos hoje e morrêssemos amanhã. Do contrário, por que estaríamos celebrando, a cada ano, nosso aniversário de conversão? D-us quer filhos maduros (Rm. 8) e, por isso, Ele nos presenteia com os dons do Espírito Santo, os quais nos capacitam quer individualmente, quer como uma Igreja madura. No final das contas, o que o Eterno deseja são os frutos do Espírito mencionados em Gálatas 5:22, os quais sumarizam nossa maturidade e qualidade de fé.
Assim, só podemos celebrar a Festa de Shavuôt se tivermos tomado consciência das Festas passadas. O leitor, agora, pode entender a profundidade com que as Festas devem ser celebradas. Ai daquele que tomar as Festas como show, como um mero modismo ou como espetáculo, incluindo, até mesmo, lucros financeiros. O Senhor é zeloso para com tudo isto que Ele mesmo tem revelado a nós. Glórias somente a Ele, o Altíssimo.

NA FESTA DE SHAVUOT, COMEMORA-SE, TAMBÉM O CUMPRIMENTO DE Joel 3:1 – O DERRAMAMENTO DO RÚACH (ESPÍRITO)

Para o povo de D-us, a Festa de Shavuôt celebra o aniversário da Torá, da Lei de D-us, dada a Moisés no Monte Sinai e também celebra o aniversário da Torá com alegria. Muito mais, celebra o dia maravilhoso no qual, nesta Festa, a Igreja primitiva dos apóstolos recebeu o Espírito Santo do Pai. Ezequiel anunciou que D-us “poria seu Espírito sobre a casa de Israel”: “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um Joel 3:1carne, para que andem nos meus estatutos…” (Ez. 11:19,20).
O profeta Zacarias recebeu a mensagem de D-us de como o Messias da Casa de Davi morreria por nossos pecados:
“E sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e súplicas; olharão para mim, a quem traspassaram…” (Zc. 12:10)
Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza” (Zc. 13:1).
O profeta Joel profetizou que D-us prometia “derramar o Seu Espírito sobre toda a carne” –uma esperança para os crentes de todas as nações! (Joel 3:1). Estas promessas, quando cumpridas, introduzirão uma nova qualidade de vida e um novo estilo de vida na sociedade judaica e cristã.
Durante o ministério terreno de Yeshua, “o Filho de Davi”, (Mt 1:1; Rm. 1:3; II Tm. 2:8; Ap. 5:5), Ele confirmou a promessa do Pai a seus discípulos: “…o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas…ele vos guiará a toda a verdade” (Jo 14:26; 16:13).
E antes do Messias subir aos céus, voltando ao Pai Celeste, Ele afirmou uma última vez:
“…determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas esperassem a promessa do Pai, a qual , disse Ele, de mim ouvistes…mas recebereis poder, ao descer sobre vós o meu Espírito, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém , como em toda a Judéia e Samaria, e até nos confins da terra” (At. 1:4,8)
Resumindo
Shavuôt é uma ordenança do nosso D-us. E é uma grande bênção poder celebrar esta Festa, principalmente, quando se tem em mente que:
  • É um tempo de celebrar, clamar e receber de D-us o Fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, domínio próprio, fé e mansidão;
  • É a festa do Espírito Santo. Porque, sem ele, nossa obra seria morta e seríamos, simplesmente, membros de mais uma religião qualquer no mundo;
  • Na Páscoa, lembramos o nosso novo nascimento no Messias; mas, em Shavuot, alegramo-nos pelos primeiros frutos de nossa conversão: o Fruto do Espírito, do batismo do Espírito Santo, dos dons Espirituais, da nossa mudança de atitude, do aperfeiçoamento do nosso caráter;
  • Celebrar Shavuot é reivindicar que nossa vida seja cheia do Espírito Santo, o qual nos revela, cada vez mais, a pessoa do Messias sendo formada em nós;
  • Na Festa de Pesach (Páscoa), nós nos libertamos DE algo que nos prendia. Em Shavuot, nós nos libertamos PARA servir a D-us.
A nós, como a noiva do Messias, sendo embelezada e ataviada pelo próprio Espírito Santo de D-us, só nos resta o caminhar seguro na esperança daquele dia em que todos nós o veremos face a face, celebrando as Bodas do Cordeiro.

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A FESTA DE PÊSSACH

Páscoa é a festa que marca o início do calendário bíblico de Israel e delimita as datas de todas as outras festas na Bíblia. Páscoa (Pêssarr, em hebraico) significa literalmente “passagem” (pois o Senhor “passou” sobre as casas dos filhos de Israel, poupando-os. Ex 12:27). É uma FESTA instituída por D-us como um memorial para que os filhos de Israel jamais se esquecessem que foram escravos no Egito, e que o próprio D-us os libertou com mão poderosa, trazendo juízo sobre os deuses do Egito e sobre Faraó. (Ex 12). Páscoa fala de memória, de identidade. O povo de ISRAEL foi liberto do Egito para poder servir a D-us e ser luz para as nações. Páscoa é uma FESTA instituída para que jamais ISRAEL se esquecesse quem foi, quem é e o que deve ser. Da mesma forma,  todos os que são discípulos do Mashiach são co-herdeiros e co-participantes das promessas e das alianças dadas por D-us a Israel, pois através do Evangelho foram enxertados em ISRAEL e são parte do mesmo corpo (judeus e não-judeus), a Família de D-us (Ef 3:6). Daí, conforme o ensino apostólico em I Co 5:8, os discípulos de Yeshua não-judeus podem e devem também celebrar este memorial. O simbolismo da Páscoa é parte da mensagem no Novo Testamento, e toda a obra da Cruz se baseia no evento da Páscoa Judaica. Yeshua não apenas é morto em Páscoa, mas ele simboliza o próprio CORDEIRO pascal (I Co 5:8), que TIRA o pecado do mundo (Jo 1:29) e cujo sangue nos liberta, nos resgata da escravidão do pecado e nos SELA como Seus filhos.  Nele (Yeshua), somos feitos NOVAS CRIATURAS sem o fermento da malícia e da maldade. Como podemos ver, não se pode entender a obra da cruz sem o conhecimento dessa que é a mais simbólica das Festas de D-us. Páscoa fala de nossa LIBERTAÇÃO para servirmos a D-us.


Representação de um Sêder (jantar) de Pêssach dos dias de Yeshua
Como os antigos judeus comemoravam esta data?

Segundo Ex capítulo 12, Páscoa deveria ser celebrada com um jantar familiar, onde um Cordeiro seria assado e comido por todos. O jantar também deveria ter o pão asmo ou sem fermento (matzá, em hebraico) e ervas amargas. O pão sem fermento nos ajuda a lembrar que na noite da Páscoa no Egito, comemos às pressas e o pão não teve tempo de fermentar. As ervas amargas nos lembram de como nossa vida era amarga quando éramos escravos de Faraó. Por volta do ano 550 a.C., os judeus criaram uma seqüência para o jantar (chamada de Hagadá), que incluía o RELATO do Êxodo, os 4 cálices de vinho e o Charosset (pasta doce).  A intenção do mandamento (Ex 12:26) é que TODOS os membros da família participem das narrativas e da liturgia, e que a festa seja uma ferramenta DIDÁTICA para se ensinar às crianças sobre como o Senhor nos libertou com mão forte do Egito. Yeshua, quando celebrou seu último jantar de Páscoa com os discípulos, seguiu exatamente a tradição judaica vigente em sua época e até os dias de hoje. Ele utilizou quase todos os elementos e a seqüência que temos hoje nos lares judaicos. Não apenas isso, mas ele utilizou parte da tradição criada no séc VI a.C. para institucionalizar a Santa Ceia (um Kidush com simbolismo mais rico).
Existem adereços especiais que nos ajudam a ver como a Páscoa era comemorada?

A forma como desde o século VI a.C. os judeus celebram a Festa de Páscoa é praticamente a mesma de hoje. Na mesa temos um prato especial chamado “Keará”. Nele dispomos os elementos do jantar:  Beitsá (um ovo cozido que representa a oferta de Páscoa feita no Templo – Chaguigá), o Zerôa (um osso de cordeiro que representa o Cordeiro Pascal – nos lares judaicos tradicionais não se come cordeiro em luto à destruição do Templo), as ERVAS Amargas (Karpás: batada cozida ou cebola – que representa o duro trabalho dos hebreus no Egito;  o Marôr: gengibre; e o Chazêret: salsão), e o Charôsset (uma pasta doce que se assemelha a um barro – lembrando do barro que os filhos de Israel amassavam no Egito para fazerem tijolos). Além dos elementos do PRATO KEARÁ, temos também TRÊS pães ásmos e 5 cálices de vinho – cada um com um simbolismo diferente.



O Keará (prato de Pêssach) com os elementos do Jantar
Como as famílias devem hoje celebrar esta data?
Os Judeus (sejam eles crentes em Yeshua ou não), celebram esta festa da forma descrita acima pois ela é um estatuto perpétuo (Ex 12:14).  Para os judeus crentes, esta festa é ainda mais especial, pois Yeshua é o nosso Cordeiro Pascal. Mas e os cristãos não-judeus? Temos provas históricas que a Igreja, até meados do séc IVd.C., celebrava a Festa de Páscoa como os judeus (com pães asmos e no dia 14 de Nissan) – I Co 5:8 e Cl 2:16. Algumas obras Patrísticas também atestam a mesma coisa (Peri Pascha – Melito de Sardes – séc II d.C.). Vejam o que escreve Polícrates, então bispo de Éfeso, sobre a celebração de Pêssach. Ele estava argumentando contrariamente à decisão do Bispo de Roma, Papa Vitor I, sobre a imposição de mudança da data e do simbolismo da Páscoa:
“Nós observamos o dia exato, sem tirar nem por. Pois na Ásia grandes luminares também caíram no sono [morreram], (…) incluindo João, que foi tanto uma testemunha quanto um professor, que se deitou no peito do Senhor e (…)  Policarpo, que foi bispo e mártir; e Tráseas, bispo e mártir de Eumênia, que dormiu em Esmirna. Por que precisaria eu mencionar o bispo e mártir Sagaris, que se deitou em Laodicéia, ou o abençoado Papirius ou Melito (…)? Todos estes observavam o décimo-quarto dia da Páscoa judaica de acordo com o evangelho, não desviando em nenhum aspecto, mas segundo a regra de fé. E eu também, Polícrates, o menos importante de todos, faço de acordo com a tradição de meus pais (…) E meus parentes (07 outros bispos) sempre observaram o dia que as pessoas separavam o fermento (…) Pois os que são maiores que eu disseram ‘Nós devemos obedecer a Deus ao invés dos homens…‘ (…)”.  Eusébio sobre a Carta de Polícrates de Éfeso ao Papa Vitor I – História Eclesiástica – Livro V – Cap. 24
A Pascoa Judaica só foi proibida de ser celebrada no Concílio de Antioquia, em 341 d.C, e demorou quase 400 anos até que as pessoas tivessem deixado de vez esta tradição dos apóstolos. Assim, os cristãos de hoje deveriam obedecer ao apóstolo Paulo e seguir o exemplo dos primeiros crentes, realizando em suas igrejas e em suas famílias um jantar festivo, com pão sem fermento, o cordeiro assado e ervas amargas, para se lembrarem de como a vida era amarga antes de conhecermos a Yeshua, e como ele nos RESGATOU com mão forte das garras do inimigo e da escravidão do pecado, e nos fez NOVA CRIATURA sem o fermento do pecado. Deveríamos todos celebrar neste dia como o SANGUE do Messias foi derramado por nós, nos marcando e nos consagrando a D-us.
Um detalhe que também merece destaque é a ordenança na Torá para que nenhum ESTRANGEIRO/ESTRANHO (nechár – נֵּכָר ) participasse da celebração de Pêssach, uma vez que tal fato traria juízo sobre a vida daquele que fosse alheio ao evento e sua conotação material e principalmente espiritual. Se algum estrangeiro ou peregrino (תּוֹשָׁב  tosháv),  estivesse presente às vésperas de um jantar de Pêssach na casa de uma família judaica, este teria que ser circuncidado para poder participar (Ex. 12:43-48). Logicamente, este mandamento continua ainda em vigor. Porém, é importante lembrar das palavras dos profetas de ISRAEL que apregoam que haveria um tempo onde o Eterno APROXIMARIA ao seu povo (Israel) outros povos mediante a sinceridade da escolha em se GUARDAR a Sua aliança. Vejamos:
“Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e os porá na sua própria terra; e unir-se-ão a eles os ESTRANGEIROS, e estes se ACHEGARÃO à casa de Jacó”. (Is 14:1)
“Aos ESTRANGEIROS (נֵּכָר ) que se APROXIMAM ao SENHOR, para o servirem e para amarem o nome do SENHOR, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e ABRAÇAM A MINHA ALIANÇA, também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios SERÃO ACEITOS no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para TODOS os povos. Assim diz o SENHOR Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda CONGREGAREI outros aos que já se acham reunidos”. (Is 56:6-8)
Ou seja, o próprio ETERNO aproximaria e enxertaria em seu povo ISRAEL, OUTROS povos que temem o SEU nome e guardam a SUA aliança. Sabemos que a obra do MASHIACH YESHUA consiste exatamente em APROXIMAR os gentios das promessas e alianças feitas pelo ETERNO a ISRAEL, fazendo-os CO-HERDEIROS e CO-PARTICIPANTES com ISRAEL. Tais gentios, servos do D-us altíssimo mediante a OBRA do Messias, NÃO SE TORNAM JUDEUS, mas sim, passam a fazer parte do POVO de D-us, juntamente com os Judeus. Vejamos como o rabino Shaul (Ap. Paulo) explica esse princípio para gentios crentes no Messias Yeshua:
“Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão (…), naquele tempo, estáveis sem Messias, SEPARADOS da comunidade de ISRAEL e ESTRANHOS às alianças da promessa (…) Mas, agora, no Messias Yeshua, vós, que antes estáveis longe, fostes APROXIMADOS pelo sangue do Messias. (…) E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já NÃO SOIS ESTRANGEIROS ( נֵכָר nechár) ou  PEREGRINOS (תּוֹשָׁב  tosháv), mas concidadãos dos santos, e sois da FAMÍLIA de Deus (…)”. (Ef 2:11-19 );
“…os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa através do Mashiach Yeshua,  por meio do evangelho; (Ef 3:6);
Os Gentios que receberam a aproximação e remissão de suas iniquidades através da obra do Messias, são feitos também FILHOS DE ABRAÃO e também são HERDEIROS da PROMESSA, não mediante a descendência sanguínea ou pela CIRCUNCISÃO DA CARNE, mas pela fé: ” E, se sois do MASHIACH, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa”. (Gl 3:29) Não é a circuncisão que purifica os gentios crentes em D-us, mas a obra de redenção do Mashiach. Veja uma outra instrução do rabino de Tarso para GENTIOS servos do Senhor Yeshua:
“Nele (Yeshua), também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. E  a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de DOGMAS (δόγμασιν “dogmas” – leis NÃO-BÍBLICAS  que desprezavam o não-judeu), o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz;” (Cl 2:11-14).  Ou seja, esses gentios em Cristo não são, DE FORMA ALGUMA, ESTRANHOS ou ESTRANGEIROS à fé no D-us de Abraão, Isaque e Jacó. Não são peregrinos nem povos inaptos a adorarem a D-us. SÃO TAMBÉM FILHOS DE ABRAÃO CONFORME A PALAVRA DOS PROFETAS DE ISRAEL.
Assim, o não-judeu que serve ao D-us de Israel através da obra do Messias Yeshua, não se encaixa na proibição de Ex cap. 12, pois não é estranho nem estrangeiro em relação à fé e à aliança de D-us com o seu povo. Ele foi aproximado e feito POVO de D-us juntamente com os judeus (Is 14:1; 56:8). Por isso, o rabino Shaul ORDENA a celebração de Pêssach também aos gentios no Messias em I Co 5:8.


“Coelho” da Páscoa ou Matzá de Pêssach? Qual é a verdadeira tradição Bíblica e Apostólica?
Ovo de páscoa… pode?
A Páscoa Cristã, oficializada pelos pais da Igreja Católica no séc IV d.C.,  foi instituída com o intuito de substituir a Páscoa celebrada por Yeshua e pela Igreja até então. Nos países de língua anglo-saxônica a páscoa cristã é conhecida como “Easter”, mas nos países de língua latina a palavra “Páscoa” foi mantida como uma transliteração da palavra “Pêssach”, em hebraico). O nome “Easter” é proveniente de uma festividade de primavera celebrada por Assírios, Babilônios (e posteriormente Celtas), em adoração a deusa Ishtar (ou Oestre no mundo nórdico). Esta era a deusa da fertilidade, daí ovos e coelhos eram usados como simbolismos. Em outras palavras, qualquer historiador ou qualquer enciclopédia atestará que a origem do ovo é pagã. Se temos a verdadeira Páscoa que era celebrada por Yeshua, pelos apóstolos e pela Igreja até o séc. VI d.C, porque deveríamos adotar costumes pagãos em nossas casas? Será que Yeshua endossaria a troca de ovos enfeitados e coelhos de chocolates? Claro que NÃO!
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A Festa de Purim



O livro de Ester tem representado uma grande incógnita para muitos teólogos cristãos e estudiosos judeus há vários séculos. A principal razão para tal caracterização se dá pelo fato de não se ter mencionado no livro de Ester o nome de D-us; ou seja, o tetragrama não é mencionado sequer uma única vez ao longo do enredo descrito. Mas, porque os sábios e escribas judeus optaram por incluir o livro de Ester entre os escritos sagrados, aceitando sua história como verídica? Quais foram os critérios utilizados para se aceitar o livro de Ester como sendo “divinamente” inspirado?
Se analisarmos com cautela o conteúdo da trama do livro, veremos que as personagens e os eventos ali narrados são comprovados historicamente através de outras fontes escritas, a maioria de origem babilônica e grega. Apesar dos reis persas se casarem apenas com mulheres de linhagens reais e nobres, escritos gregos datados do séc II A.C comprovam que o rei Xerxes I (Assuero), realizou um grande banquete para escolher para si uma nova esposa, já que estava extremamente decepcionado não apenas com a rebeldia da rainha Vasti (Amestris), mas também com as sucessivas derrotas para o emergente império grego. Além disso, a tradição criada em decorrência da história do livro de Ester é guardada por judeus de todo o mundo há mais de 2000 anos através da Festa de Purim (Et 9:27 e 28). Mordechai, primo de Ester, dotado de autoridade real, ordenou que fosse celebrada ao longo das gerações do povo judeu a Festa de Purim (Pur=sorte), nos dias 14 e 15 do mês de Adar, como constante recordação do grande livramento que tiveram os judeus das mãos do malvado Hamân (Hamã). Por isso, a festa de Purim é celebrada por judeus de todo o mundo, até os dias de hoje.
Mas a pergunta primordial ainda se encontra sem resposta: Porque o nome de D-us não é mencionado no Livro de Ester?
Ibn Ezra, o grande sábio rabino medieval, afirmou que apesar do tetragrama (YHVH) não ser mencionado sequer uma vez em Ester, a mão do D-us de Israel é claramente visível nos eventos narrados. O Rabino Ezra ainda vai além ao analisar da seguinte forma a ausência do nome de D-us: “O Sábio Mordechai ordenou para que fosse celebrada a Festa de Purim como memorial entre os judeus da diáspora. Certamente, a história de Purim deveria ser lida durante as comemorações. Os judeus da diáspora habitavam entre povos pagãos, e se o tetragrama fosse utilizado na escrita, certamente esses povos iriam profanar o Santo nome do Eterno, substituindo-o pelo nome de seus deuses. Por isso, nossos sábios do passado optaram por não utilizar a grafia do nome do Eterno no livro de Ester.” A explanação do sábio Ibn Ezra é bem condizente com o que a Torá diz a respeito do nome de D-us, e possivelmente, foi o que ocorreu com o livro de Ester.
Outro livro que compõe os escritos judaicos e que também apresenta o mesmo problema do livro de Ester é o Cântico dos Cânticos, escrito pelo Rei Salomão. Neste livro, não encontramos sequer uma referência ao nome de D-us. Como então justificar sua inclusão entre os livros sagrados, ou a inspiração divina por parte do Rei ? Os sábios judeus da antiguidade chegaram a uma conclusão bem interessante quanto ao Cântico dos Cânticos. Segundo eles, a troca de elogios e o amor idealizado entre o noivo e a noiva, são na verdade, uma alusão do amor de D-us para com Israel, e por isso, a obra pode ser considerada divinamente “inspirada”.
A verdade é que podemos extrair do Livro de Ester grandes princípios e exemplos para nossas vidas. Vemos, ao longo do enredo, que D-us está no controle de nossos destinos, e que Ele sempre se apresenta como El Yeshuá, ou seja, o D-us que salva, disposto a ouvir as orações dos seus servos quando em situações impossíveis de serem resolvidas aos olhos dos humanos. Vemos também a sabedoria de Ester e de seu primo Mordechai, os quais souberam fazer uso de sua posição e status para abençoar a muitos. Além disso, o livro de Ester nos mostra que muitas vezes devemos lutar para obter a vitória assim como fizeram os judeus habitantes da Pérsia, e não apenas nos acomodarmos “esperando” um milagre. Como diz o velho ditado judaico: “creia nos milagres, mas não dependa deles”!

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A FESTA DE CHANUKÁ


Chanucá ou Hanucá (חנכה ḥănukkāh ou חנוכה ḥănūkkāh) é uma festa judaica, também conhecido como o Festival das luzes. "Chanucá" é uma palavra hebraica que significa "dedicação" ou "inauguração". A primeira noite de Chanucá começa após o pôr-do-sol do 24º dia do mês judaico de Kislev e a festa é comemorada por oito dias. Uma vez que na tradição judaica o dia do calendário começa no pôr-do-sol, o Chanucá começa no 25º dia.

Por volta do ano de 200 a.C. os judeus viviam como um povo autônomo na terra de Israel, a qual, nessa época, era controlada pelo rei selêucida da Síria. O povo judeu pagava impostos à Síria e aceitava a autoridade dos selêucidas, sendo, em troca, livre para seguir sua própria fé e manter seu modo de vida.

Em 180 a.C. Antíoco IV Epifanes ascendeu ao trono selêucida. Braço remanescente do império grego, encontrou barreiras para sua dominação completa sobre o povo judeu, e o modo mais prático para resolver isso era dominar de vez a região de Israel (mais precisamente a Judéia, ao sul) impondo de maneira firme a cultura da Grécia sobre os judeus, eliminado, assim, aquilo que os unificava em qualquer lugar que estivessem: a Torá. O rei Antíoco ordenou que todos aqueles que estavam sob seu domínio (em específico Israel) abandonassem sua religião e seus costumes. No caso dos judeus, isso não funcionou, ao menos em parte. Muitos judeus, principalmente os mais ricos, aderiram ao helenismo (cultura grega) e ficaram odiados e conhecidos pelos judeus mais pobres como "helenizantes", uma vez que ficavam tentando fazer a cabeça do resto dos judeus para também seguirem a cultura grega. Antíoco queria transformar Jerusalém em uma "pólis" (cidade) grega, e conseguiu.

Em 167 a.C., após acabar com uma revolta dos judeus de Jerusalém, Antíoco ordenou a construção de um altar para Zeus erguido no Templo, fazendo sacrifícios de animais imundos (não kasher) sobre o altar, e proibiu a Torá de ser lida e praticada, sendo morto todo aquele que descumprisse tal ordem.

Na cidade de Modim (sul de Jerusalém), tem início uma ofensiva contra os greco-sírios, liderada por Matatias (Matitiahu) (um sacerdote judeu de família dos Hasmoneus) e seus cinco filhos João, Simão, Eliézer, Jonatas e Judas (Yehudá). Após a morte de Matatias, Yehudá toma à frente da batalha, com um pequeno exército formando em sua maioria por camponeses. Mesmo assim, os judeus lograram vencer o forte exército de Antíoco no ano 164 a.C, e libertaram Jerusalém, purificando o Templo Sagrado. Judas acabou conhecido como Judas Macabeu (Judas, o Martelo).

O festival de Chanuká foi instituído por Judas Macabeu e seus irmãos para celebrar esse evento. (Mac. 1 vers. 59). Após terem recuperado Jerusalém e o Templo, Judá ordenou que o Templo fosse limpo, que um novo altar fosse construído no lugar daquele que havia sido profanado e que novos objetos sagrados fossem feitos. Quando o fogo foi devidamente renovado sobre o altar e as lâmpadas dos candelabros foram acesas, a dedicação do altar foi celebrada por oito dias entre sacrifícios e músicas (Mac. 1 vers. 3).

Até aqui, viu-se a vitória do pequenino exército judeu, esse foi o primeiro milagre. O segundo milagre é mais sobrenatural e deu origem à festa de Chanuká. Após a purificação da Cidade Santa e da Casa de Deus, foi constatado que só havia um jarrinho de azeite puro no Templo com o selo intacto do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) para que as luzes da Menorá fossem acesas, e isso duraria apenas um dia, mas milagrosamente durou oito dias, tempo suficiente para que um novo azeite puro fosse produzido e levado ao templo para o seu devido fim conforme manda a Torá (Ex 27:20-21). A Judéia ficou independente até a chegada do domínio romano em 63 a.C. A festa é realizada no dia 25 de Kislev (cai normalmente em dezembro), data onde o Templo foi reedificado. É uma festa marcada pelo clima familiar e pela grande alegria. Encontramos os fragmentos históricos de Chanuká nos livros deuterocanônicos de I e II Macabeus e também em escritos talmúdicos. O mandamento principal de Chanuká hoje é o acendimento da Chanukia (Menorá - candelabro - de 9 braços). Oito braços são para lembrar o milagre dos oito dias em que a Menorá ficou acesa com azeite que era para ter durado apenas um dia. O outro braço, que é chamado de "shamash" - servente - é um braço auxiliar para o acendimento das outras velas. Segundo a tradição, somente ele (o shamash) pode ser usado para, se for o caso, iluminar a casa ou para outro fim, sendo que as outras velas só podem servir para o cumprimento do mandamento. A cada noite um nova vela é acrescentada até que se completem as nove. Outras tradições como brincar com o "sevivon" (pião) onde em cada lado dele estão escritas as iniciais da frase "nes gadol hayá sham" (um grande milagre aconteceu lá - em Israel) são válidas, e para quem está em Israel a última palavra da frase é "pó" (aqui). Também há o costume de servir alimentos como sonho com geléia (sufganyot) e panquecas de batata (latkes).

Um grande número de historiadores acreditam que a razão pelos oito dias de comemoração foi que o primeiro Chanuká foi de fato uma tardia comemoração do festival de Sucot, a Festa das Cabanas. Durante a guerra os judeus não puderam celebrar Sucot propriamente. Sucot também dura oito dias, e foi uma festa na qual as lâmpadas tiveram um papel fundamental durante o período do Segundo Templo (Suc.v. 2-4). Luzes também eram acesas nos lares e o nome popular do festival era, portanto, segundo Flávio Josefo ( Antiguidades judaicas xii. 7, § 7, #323) o "Festival das Luzes" ("E daquela época até aqui nós celebramos esse festival, e o chamamos de Luzes"). Foi notado que os festivais judaicos estavam ligados à colheita das sete frutas bíblicas na qual Israel ficou famoso. Pessach é a comemoração da colheita da cevada, Shavuot do trigo, Sucot dos figos, tamareiras, romãs e uvas, e Chanuká das olivas. A colheita das olivas é em Novembro e o óleo de oliva ficaria pronto para o Chanuká em Dezembro.

milagre de Chanuká é descrito no Talmud, mas não nos livros dos Macabeus. Esse feriado marca a derrota das forças selêucidas que tentaram proibir Israel de praticar o judaísmo. Judas Macabeu e seus irmãos destruíram forças surpreendentes, e rededicaram o Templo. O festival de oito dias é marcado pelo acendimento de luzes com uma Menorá especial, tradicionalmente conhecida entre a maioria dos Sefaradim como chanucá, e entre muitos Sefaradim dos Balcãs e no Hebraico moderno como uma Chanukiá.

Talmud (Shabat 21b) diz que após as forças de ocupação terem sido retiradas do Templo, os Macabeus entraram para derrubar as estátuas pagãs e restaurar o Templo. Eles descobriram que a maioria dos itens ritualísticos havia sido profanada. Eles buscaram óleo de oliva purificado por ritual par acender uma Menorá para rededicar o Templo. Contudo, eles encontraram apenas óleo suficiente para um único dia. Eles acenderam isso, e foram atrás de purificar novo óleo. Milagrosamente, aquela pequena quantidade de óleo queimou ao longo dos oito dias que levou para que houvesse novo óleo pronto. É a razão pela qual os judeus acendem uma vela a cada noite do festival.

No Talmud dois costumes são apresentados. Era comum tanto ter oito lamparinas na primeira noite do festival, e reduzir o número a cada noite sucessiva; ou começar com uma lamparina na primeira noite, aumentando o número até a oitava noite. Os seguidores do Shamai preferiam o costume anterior; os seguidores do Hilel advogavam o segundo (Talmud, tratado Shabat 21b). Josefo acreditava que as luzes eram um símbolo da liberdade obtida pelos judeus no dia em que Chanuká é comemorado.

As fontes talmúdicas (Meg. eodemMeg. Ta'an. 23; comparar as diferentes versões Pes. R. 2) descrevem a origem do festival de oito dias, com seus costumes de iluminar as casas, até o milagre dito ter acontecido na dedicação do Templo purificado. Isso foi que o pequeno vasilhame de óleo puro que os sacerdotes Hasmoneus encontraram intocados quando eles entraram no Templo, tendo estado vedado e escondido. Esse pequeno montante durou por oito dias até que novo óleo pudesse ser preparado para as lamparinas do candelabro sagrado. Uma lenda similar em características, e obviamente mais antigo, é aquele aludido em Mac. 2 1:18 et seq., de acordo com o qual o reacendimento das luzes do fogo do altar por Nehemias foi devido a um milagre que ocorreu no vigésimo quinto dia de Kislev, e no qual parece ter sido dado como a razão para seleção da mesma data para a rededicação do altar por Judas Macabeu.

A história de Chanuká é preservada nos livros de Macabeus 1 e Macabeus 2. Esses livros não são parte da Bíblia Hebraica, mas são parte do material religioso e histórico deuterocanônico da Septuaginta; esse material não foi codificado mais tarde pelos judeus como parte da Bíblia, mas foi codificado pelos católicos e cristãos ortodoxos. Uma outra, provavelmente tardia, fonte é o Megillat Antiokhos — um texto escrito pelos próprios Macabeus por Saadia Gaon, e mais provavelmente escrito por volta do primeiro ou segundo século d.C.

A festa de Chanuká é celebrada durante oito dias, do dia 25 de Kislev ao 2 de Tevet (ou o 3 de Tevet, quando Kislev só tem 29 dias). Durante esta festa se acende uma Chanukiá, ou candelabro de 9 braços (incluindo o central e maior, denominado Shamash, ou servente). Na primeira noite acende-se apenas o braço maior e uma vela, e a cada noite se vai acrescentando uma vela, até que no oitavo dia o candelabro está completamente aceso. Este ritual comemora o milagre do azeite que queimou por oito dias no candelabro do Templo de Jerusalém.



A FESTA DOS TABERNÁCULOS (SUKOT)


A última festa do calendário bíblico é a Festa dos Tabernáculos. A descrição dela se encontra em Vaycrá (Levítico) 23:33-36 e em Bamidbar (Números) 23:12 - 30:1.

É a festa mais importante do povo de D'us, é a Grande Festa após uma longa jornada desde Pessach (Páscoa). É o encerramento de um ciclo de 7 (dias, semanas, meses).

Ela consiste em uma profundidade muito grande de intimidade e entrega, pois é a Festa que celebra O Messias habitando no meio do seu povo.
E como sabemos disso?
  • Primeiro, devemos fazer menção em Shemot (Êxodo 25:8) que diz: "e farão um tabernáculo para mim e habitarei entre eles." 
  • Segundo, devemos fazer menção no Evangelho de João 1:1 que diz: "e o Verbo se fez carne e tabernaculou em nosso meio." 
Analisando os dois textos citados acima, entendemos que ordenança do Eterno para que, em meio a Festa, seu povo construísse tendas para habitarem nela por sete dias em lembrança do tipo de morada dos seus filhos no deserto, porém D'us estava entre eles o tempo todo. É a Festa da Alegria, vamos entender porque.


Em Yom Kippur, somos intimados a deixar nossos afazeres e entrar num tempo profundo de reflexão. Não comemos nem bebemos, nos vestimos branco para simbolizar as nossas origens angelicais e passamos a maior parte do dia em oração e aflição da alma. 
Qual é o segredo por trás dessa mudança extrema saindo da aflição para a alegria? A resposta está escondida dentro de um dos fundamentos filosóficos do judaísmo.

Certa vez, um professor perguntou para a classe: "Senhores, o quanto vocês tem que mudar a si mesmo para que essa mudança seja considerada valiosa?" Um após outro os alunos sugerem diferentes maneiras de medir o sucesso de verdadeiro crescimento e mudança interior. Depois de alguns minutos, ele silenciou a classe e disse: "De agora em diante eu quero que vocês lembrem-se, não existe tal coisa como pequena mudança - toda a mudança, mesmo nas pequenas coisas, tem um grande impacto."

O período entre Rosh Hashaná até Festa dos Tabernáculos Grandes coisas acontecem. Mais precisamente em Yom Kippur, decretos são mudados, passamos de um estágio para outro de uma maneira brusca. A partir do momento onde nosso nome é escrito no Livro da Vida por mais um ano, saímos da aflição da alma e os Portões da Cidade se abrem para entrarmos.

Somente os selados no Livro da Vida têm o direito de celebrar esta Festa. É solenidade para os santos de D'us. O que significa ser santo? Kedusha - a santidade é muitas vezes incompreendido. Há uma noção de que a santidade significa ser totalmente desconectado da realidade mundana; que ela é sagrada e algo completamente elevada. Quando pensamos em imagens de santa podemos imaginar um monge sentado no topo da montanha meditar e falando suavemente, ou alguém que está separada da rotina do dia-a-dia de trabalho, computadores e tecnologia, trocar fraldas e cozinhar.

Nada poderia estar mais longe da verdade. Para ser verdadeiramente santo significa ser plenamente e apaixonadamente ligados e identificados com o nosso interior, e ao mesmo ter a capacidade de expressar que através do nosso dia-a-dia.

O oposto da palavra kodesh - Santo, é a palavra chol - mundano. Curiosamente, chol é também a mesma palavra hebraica para a areia. Certa vez Yeshua disse que o homem prudente constrói sua casa sobre a Rocha e o imprudente constrói sobre a areia. Só tem alegria de estar com a Rocha quem se apoia nela. Na Rocha somos aprovados e celebramos à Ela, na areia somos destruídos e levados.

Em Yom Kippur, nós temporariamente deixamos o mundo para trás para elevar o nosso corpo até o limite de aflição e dor na nossa alma. Paramos de se envolver no mundo material, abstendo-se de usar sapatos confortáveis, tomar banho, comer ou beber e passamos a maior parte do dia em atividades espirituais. 

Por isso, só celebra Tabernáculos que passa por Yom Kippur. O texto de Vaycrá diz que é a Festa DOS Tabernáculos e não DE Tabernáculos. Quando a Palavra cita a preposição DE, Ela generaliza as coisas, porém quando cita a preposição DO, Ela está especificando.  

Então quem tem o direito de celebrar Sukot? As tendas que estão construídas sobre a Rocha. Festa dos Tabernáculos não é pra qualquer um, só que passa por Yom Kippur, tem seu nome selado no Livro da Vida é quem estará com O Grande Rei!

Sukot nos dá a oportunidade de conectarmos nossas vidas com verdadeira profundidade, beleza e significado. Agora cabe uma pergunta: "Agora que eu passei os dez dias de arrependimento, como eu posso trazer isso para meu dia-a-dia - para viver como uma expressão do meu eu mais profundo?" A resposta a essa pergunta está na Suká.

A suká é um lugar onde tudo o que fazemos  (comer, beber e dormir), porque é elevado a um nível de muita santidade dentro do contexto de uma mitzvah, um mandamento divino. O mitzvah de viver na sucá nos oferece a oportunidade de ver o que a vida seria como se tudo o que fizemos foi conectado com a verdadeira profundidade, beleza e significado.

A Torá nos ensina que para ser verdadeiramente uma pessoa santa, não precisamos fugir do mundo, mas manifestar a Glória do Grande Rei neste mundo que aguarda a nossa manifestação como filhos de D'us e só manifesta essa Glória quem é Geração eleita, Sacerdócio Real, Nação Santa, Povo adquirido, aqueles que saíram das trevas para a Maravilhosa Luz de Yeshua HaMashiah!

Apóstolos Vinicius e Lucilene.



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O YOM KIPPUR


No Livro de Vaycrá (Levítico) no capítulo 23 dos versos 26 ao 32 encontramos um estatuto perpétuo dado pelo próprio Eterno. Um dia de convocação de santidade para o povo de D’us a fim de afligirem suas almas e oferecerem ofertas queimadas ao Eterno e receberem expiação pelos pecados.

Este dia é de descanso absoluto para o povo de D’us sendo muito mais forte em Israel. É um feriado nacional onde nada funciona devido à seriedade do cumprimento deste estatuto. Nada funciona a não ser os serviços de plantão médico ou militar. Todo o povo se concentra na oração e no jejum em arrependimento e humilhação pelos pecados pessoais e comunitários.

Para entender o que significa a palavra Yom Kippur, vamos dividi-la para entender.

A palavra Yom significa dia expressando um período de tempo, um ciclo (seja curto ou longo, físico ou espiritual).

A palavra Kippur significa expiação, vem da raiz kapar que expressa o sentido de fazer reconciliação, purificar.

O real sentido deste mandamento é uma preparação para o povo de D’us se alinhar com o novo ano que se inicia dez dias antes desta data, o Rosh Hashaná. É uma oportunidade para que, em dez dias (ciclo perfeito) cada pessoa busque um alinhamento espiritual através do arrependimento em oração e confisão.

O jejum começa no pôr do sol do nono dia e encerra no pôr do sol do décimo dia, ou seja, 24 horas sem comer e sem beber nada.  Os cultos nas Sinagogas geralmente acontecem na noite anterior, normalmente pela manhã bem cedo, e o último às 18:30 deste dia. Muitas pessoas permanecem na Sinagoga por 10 (dez) horas, para orar e suplicar a Deus pelo perdão do pecados.

Na noite e no dia de Yom Kippur, costuma-se cumprir o preceito de viduy (confissão) perante D’us. Além da especificação dos pecados, o principal do viduy são as palavras: “sobre o pecado que pecamos perante Ti”. Com estas palavras a pessoa revisa diversas vezes duas verdades que são, na prática, as principais pelo arrependimento em relação ao pecado e pela decisão de abandoná-lo.

A primeira delas é “que pecamos”, ou seja, que o indivíduo reconhece o fato de ter pecado e cometido atos indevidos. Esta consciência não é nada simples. Existem muitas pessoas que, apesar de estarem atoladas no pecado, não reconhecem sua culpa e consideram seu caminho reto como uma planície. É necessário o domínio próprio para que alguém esteja pronto a reconhecer que seu caminho estava completamente errado e que tenha se enganado em seus pensamentos e ações. Este é o início do caminho da teshuvá (arrependimento, retorno) e bem aventurado é aquele que chegou a esta consciência clara e pura.

A segunda delas é “perante Ti”, ou seja, que uma pessoa sinta que seus pecados foram cometidos na frente do Rei, perante o Rei dos reis, o Criador, cujos olhos estão em todo lugar. A pessoa deve sentir vergonha por ter trocado os mandamentos de D’us  por “poços quebrados que não podem conter água”.

Todo o pecado é cometido “perante Ti”. É muito importante que a pessoa sinta que está sempre perante o Senhor de todas as coisas, para o Qual tudo é revelado e em relação ao qual o não cumprimento de Sua vontade é comparável a uma rebelião contra o Rei. Esta rebelião inclui tanto o crime contra o Rei quanto a grande vergonha de ter cometido estes atos na residência do Rei (nosso corpo é morada Dele).

Yom Kippur é o dia onde o sumo sacerdote tomava dois cabritos por oferta de pecado e um carneiro por oferta de elevação (Levítico 16). Ele “lançava sortes” sobre os animais, um era para o Senhor e outro para Azazel (Expiatório). O que caía para o Senhor, era oferecido como oferta de pecado, o que caia para Azazel era enviado ao deserto após o sacerdote confessar no ouvido do animal, todos os pecados da nação e através de imposição de mãos transferia os pecados para o animal. Este ato expressava o pecado saindo do arraial do povo de D’us.

É neste dia também que o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos (Levítico 16).

Quando Yeshua recebeu sua sentença, Ele simbolizou o bode expiatório saindo de Jerusalém levando a cruz para ser crucificado fora da cidade (Gólgota).

 Há um interessante comentário feito por Ibn Ezra, um comentarista bíblico judeu medieval, a respeito de Levítico 16.9-10. Ibn Ezra fixa seu comentário em Levítico 16.9: “Se você deseja conhecer o mistério do bode expiatório deve conhecer primeiro quem morreu na idade de 33 (trinta e três)…”. Não foi ele quem elaborou este ponto. Um comentarista posterior, um dos mais famosos Rabinos Judeus da era de ouro, do exílio espanhol, rabino Moshê Ben-Nachman, afirma neste verso: “Eu digo que o Rabino Abraham Ibn Ezra quis dizer, “a idade de 33…”: Esaú e o Reino de Edom”. Na terminologia judaica medieval, Esaú é Yeshua, e o Reino de Edom é o Império Romano. Assim, o Rabino Moshê identifica a pessoa de quem o Rabino Ibn Ezra estava falando como sendo Yeshua. Yeshua é o bode expiatório que leva os pecados de Israel sobre si no dia da expiação. É interessante ver rabinos que identificam o bode expiatório como Yeshua e ainda não acreditam n’Ele. A razão pela qual esses rabinos são capazes disso é porque eles viviam sobre a impressão errada que cristianismo é para gentios e não para Judeus.

O Yom Kippur não muda nosso passado, abre as portas para um futuro certo, cheio de esperança e shalom. Como você quer chegar neste futuro?

Que neste período, nossos corações sejam encontrados quebrantados e contritos a fim de que sejamos limpos de nossos pecados recebendo vestes novas alvas como a neve.

Apóstolo Vinicius Pereira

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SHANÁ TOVÁ U'METUKAH


                                    Neste dia 2 de outubro entramos em um novo tempo. Comemoramos e recebemos o ano 5777 com temor, tremor e alegria. A cada virada do ano é um ciclo que termina/inicia e uma chance para o povo de D'us se voltar para Ele de forma plena.
                                  Todos nós esperamos que o ano que se inicia seja próspero, feliz, com grandes realizações enfim, ninguém espera um tempo de tristezas e derrotas. Porém, devemos nos perguntar: "O que D'us espera de nós?"
                                     A Bíblia diz no Livro do Profeta Jeremias no capítulo 29 que D'us é quem sabe os planos que tem sobre as nossas vidas, planos de paz e não de mal para dar o fim que nós desejamos. Ninguém deseja coisas ruins pra si não é?
                                      O que o Eterno tem pra nós é o que nós desejamos com a Shalom Dele. A diferença entre os planos de D'us e os planos do homem está na shalom. Mas para isso acontecer é necessário invocar Seu nome, buscá-lo de forma intensa entregando todo o coração. É um trabalho em conjunto com as nossas ações.
                                    Desde o princípio da criação o Eterno deseja que o homem viva de forma plena nesta terra. Mesmo com a queda do homem, os planos Dele não foram alterados, porém por causa do pecado a estratégia foi alterada. Não era necessário Yeshua ter vindo até nós, mas Ele veio, nos trouxe vida e vida em abundância.
                                       O Livro de Atos dos Apóstolos no capítulo 3, o Apóstolo Pedro diz para buscarmos arrependimento e voltarmos para D'us para que venham tempos de refrigério em Sua presença e que Yeshua está retido nos céus até a restauração de todas as coisas. Através da ação da restauração é que começamos a viver os planos de D'us.
                                   A restauração é atitude com muita disposição para encarar a "contra-mão" do curso que a própria igreja criou para si. É não olhar para os lados ou para trás mas sempre para o alvo não se importando com opiniões de homens mas sim com a direção de D'us.
                                  O Salmo 126 diz que quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, o povo ficou como quem sonha. Quem não gosta de sonhar? Na verdade o texto original é: "Quando o Senhor restaurou a restauração de Sião". Parece redundância não é mesmo? Mas na verdade, D'us traz para seu povo o plano original que Ele já estabeleceu! RESTAURAÇÃO.
                                    Restauração gera risos, canções de alegria, expressões de louvor, gratidão e testemunho para os dentro e para os de fora. Gera espanto até para aqueles que não estão nesse contexto mas serão envolvido pelo poder de D'us.
                                      Restauração é retornar ao plano de D'us, sem cativeiro, florescendo e jorrando águas em meio ao deserto. Mas para isso é necessário uma coisa: TRABALHO! Lançar sementes na terra mesmo com lágrimas mas com a esperança de uma colheita poderosa. 
                                   O relógio corre muito rápido e a Noiva de Yeshua precisa de apressar pois o casamento está próximo. já está mais do que na hora da Igreja se despertar que o Noivo está às portas. 
Neste "sonho" de D'us duas coisas são certas: o choro de quem lança a semente e a garantia de um futuro certo cheio de esperança e paz.

Que o Eternos te abençoe e te guarde!
Apóstolos Vinicius e Lucilene!
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O SHOFAR E O ROSH HASHANÁ



                     Daqui a alguns dias o calendário bíblico entrará num novo ciclo. O ano 5777 está às portas. Tempos de novas realizações, novas expectativas. O ano no chega, mas não com explosão de fogos de artifícios, mas acompanhados de som de shofarot (trombetas). As mesmas usadas por Josué na conquista de Jericó, aquelas que Gideão e seus valentes tocaram e venceram os midianitas. As mesmas que anunciarão a volta do Messias Yeshua e que ao ressoar, ressuscitarão os mortos e arrebatarão os vivos .
                     Mas o que o Eterno quer dizer ao seu povo quando Ele ordena tocar o shofar em Rosh Hashaná?  O que deveria ficar na memória do povo anunciado pelo toque do shofar? (Lv 23:24)
                      O livro do Profeta Amós nos diz que o som do shofar deve gerar temor no povo. O mandamento mais importante relacionando shofar e Rosh Hashaná é o de ouvirmos seu toque. Por que? Assim como um ciclo está entrando em renovo, para que o povo viva coisas novas é necessário renovação de atitudes. quando somos estremecidos, algo dentro de nós é mudado.
                          Um sábio de Israel disse certa vez que o mandamento do toque do shofar é um decreto do Criador. Porém, ele diz que este mandamento possui um indício: "Acordai de vosso sono, vós que estais dormindo, e despertai de vossa sonolência, vós que estais cochilando, e buscai em vossos atos e fazei TESHUVÁ (arrependimento, retorno, restauração) e lembrai-vos do Criador." Este sábio faz referência aqueles que acabaram sendo arrastados pelas futilidades da vida, esquecendo a tarefa principal pela qual o ser humano foi enviado para o mundo, que é o cumprimento dos mandamentos do Eterno e do Estudo da Torá.
                            O mandamento e o som do shofar, em sua essência, despertam corações para o arrependimento. Combinando as letras da palavra shofar (shim, vav, pê e resh) podemos obter quatro diferentes palavras, que fazem alusão ao nosso comportamento nessa época do ano e às nossas decisões para o anoque se inicia.
  • Pirshu (de lifrosh, afastar-se) - afastar-se do pecado;
  • Pareshu (de lefaresh, confessar) - confessar o pecado perante o Eterno;
  • Pishru (de peshará, conciliação) - o arrependimento gera conciliação entre nós e o criador;
  • Shipru (de leshaper, melhorar) - o toque do shofar nos faz despertar para melhorar nosso comportamento.                         
                         Em Rosh Hashaná o shofar é tocado diversas vezes variando seus toques. O propósito em ouvir o som é gerar arrependimento em nossos corações. Assim estaremos captando a verdadeira essência do toque do shofar. Esse tempo novo que se inicia vem acompanhado de decretos divinos e, do contrário que muitos pensam, o shofar não só anuncia uma manifestação do Espírito de D'us mas sim que devemos nos manifestar a fim de que o propósito espiritual seja cumprido: ARREPENDIMENTO.
                          Não há como sentir, ouvir ou ver o mundo espiritual sem arrependimento (que gera santidade). Para adentrarmos no tempo ou no decreto de D'us, ou seja, vivenciarmos, é necessário arrependimento. A primeira mensagem de João, o imersor, foi: "ARREPENDEI-VOS", porque? Porque é chegado o Reino dos céus! A primeira mensagem de Yeshua foi: "ARREPENDEI-VOS", porque? Porque é chegado o Reino dos Céus!
             Para viver o Reino dos Céus é necessário passar pelo processo de arrependimento, renovo. Não há outro caminho!
                     O toque do shofar e o Rosh Hashaná se unem pois é tempo de anunciar arrependimento para a volta do Messias Yeshua. É necessário que a noiva saiba  e queira ouvir o som da trombeta, pois quando ela tocar é tempo de preparar as malas para partir.

                             Que o Eterno te abençoe e te guarde!
Apóstolo Vinicius Pereira
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PORQUE ESTUDAR A TORAH?



Uma das fontes extra-bíblicas do estudo do Shabbat traz uma passagem em nome do Rabino Yehoshua Ben Levi: “quando Moisés subiu ao Monte Sinai para receber a Torah, os anjos perguntaram a D’us: ‘o que faz aqui um ser humano?’ E D’us disse: ‘ele veio receber a Torah.’ Eles responderam: ‘D’us quer dar para estes humanos uma obra Divina que foi escrita 974 gerações antes da criação do mundo?!’”

Então D’us disse para Moisés que respondesse diretamente aos anjos, mas Moisés disse que tinha medo de ser queimado por eles.

- Agarra no Meu trono e responde – disse D’us.

- O que está escrito na Torah? – Moisés indagou então aos anjos.

- Pois não consta: “Eu sou o Eterno que te tirou do Egito?” Por acaso vocês anjos estiveram no Egito como escravos?

- E mais: “Não terás outros deuses como os outros povos.”

- Vocês anjos, vivem entre outros povos?

- Guardarás o Shabbat! – Continuou Moisés.

- Vocês trabalham seis dias para guardar o Shabbat?

E assim por diante.

Aprendemos das respostas de Moisés, que a Torah foi dada exclusivamente ao povo de Israel aqui na Terra, pois, para cumprir os preceitos da Torah, é necessário agir, cumprir os mandamentos na prática. Para conseguir isso, necessita-se do corpo físico.

A pessoa que estuda a Torah, obtém um entendimento superior aos demais tipos de estudo pois Ela é completa. Porém, esse estudo não pode ficar na teoria ou só no seu intelecto. A pessoa deve executar esse estudo na prática, com ações. Esta é a vontade de D’us. Por isso, aquele que estuda a Torah não deve somente “filosofar.”

Não basta, por exemplo, apenas estudar a saída do Egito. Deve-se também comer o pão ázimo, comer o cordeiro e as ervas amargas em lembrança da sua saída do Egito. Além disso, suas ações devem comprovar que saiu do Egito e o Egito dele vivendo assim em novidade de vida com uma nova identidade.

O final do versículo 3 do capítulo 2 de Bereshit (Gênesis) diz:

“...porque nele cessou toda sua obra, que criou D’us para fazer.”

Ou seja, a finalidade da criação é o “fazer”, “agir”.

O povo de Israel é eterno, mas há um tempo limitado aqui na Terra antes da ressurreição. A Torah diz que o tempo limite do homem é de 120 anos, após isso não há mais ação. Por isso quando temos a chance de fazer ou realizar qualquer mandamento, devemos agarrar fortemente e realizá-lo o mais rápido possível, com força de vontade e dedicação.

Os sábios de Israel dizem que o homem se comporta conforme seus afazeres cotidianos. Seu coração e pensamentos são influenciados por sua ocupação, por sua conduta.

Um comerciante, por exemplo, normalmente tem seus pensamentos voltados para o comércio, mesmo em períodos que não está trabalhando. Assim deve ser aquele que estuda a Torah, mesmo que não esteja lendo mas seus pensamentos ficam permeados dos ensinamentos dela onde quer que ele esteja e o que estiver fazendo.

Conta-se uma história de um jovem estudante da Torah foi até seu mestre e pediu para que lhe ensinasse toda a Torah rapidamente. Seu mestre então disse:

- “O que você não gosta que lhe façam, não faça aos demais.”

Cabe aqui uma pergunta: porque o mestre não lhe disse: “Amarás ao próximo como a ti mesmo” – que é um versículo da Torah (Levítico 19:18) semelhante à sua recomendação?

De acordo com o que vimos anteriormente, a resposta é simples: a Torah não deve ficar somente na teoria, mas sim na prática. Devemos amar o próximo não fazendo com ele o que não gostaríamos que fizessem conosco.

Portanto, o objetivo de estudo da Torah deve ser sempre realizar os mandamentos na prática, assim como nos ensina o Apóstolo Tiago em sua carta no capítulo 3 versículo 13:
“...Quem dentre vocês é sábio e tem entendimento? Que demonstre mediante sua boa conduta, por ações praticadas com a humildade procedente da sabedoria.”

Costumo dizer que o conhecimento se consolida na prática e nela é que manifestamos o poder da Torah. O poder não está em estudar, mas sim no praticar.

Estude a Torah e pratique em nome do Mashiach Yeshua!

Apóstolo Vinicius Pereira.


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REFLEXÃO SOBRE O MÊS DE ELUL




Entramos no mês de Elul.



Elul é o sexto mês do calendário judaico.


Em Elul nos preparamos para a chegada dos Grandes Dias festivos, tocando o shofar todas as manhãs, tendo nossas mezuzot e nossos tefilin examinados para ter certeza de que ainda estão adequados, tendo mais cuidado com a cashrut e recitando selichot especiais (preces penitenciais) à medida que se aproxima o final do mês.


Você já se sentiu chacoalhado? 


Você, por exemplo, está naqueles dias frios, envolto por cobertas aquecidas, a chuva e o vento no cenário lá de fora… Aí toca o despertador com tudo, lembrando que é hora de pular da cama e se preparar para mais uma jornada. Você desliga e tenta ganhar mais uns 5 minutos de sono para retornar àquele sonho, inacabado, só para ver a última cena. Afinal, não tem graça assistir a uma hora e quarenta e cinco minutos de um filme de duas horas, por exemplo, para ver escurecer a tela justamente ao final dos últimos quinze minutos. Você consegue?

Neste mês que estamos começando agora, Elul, recebemos um chamado para despertar de nosso sono, antes de começar um novo dia. Ele nos lembra que os dias de julgamento se aproximam e uma página limpa está para fazer parte de nossa história, zerar nosso passado, preencher vitórias e conquistas. Mas isto, é claro só depende de nós, de nossa boa vontade, de estarmos preparados para mudanças, de querermos ser algo melhor, fazer parte de algo maior. Sairmos de nossa inércia, da apatia de nossa rotina e acordar. 
Não é fácil despertar nestes dias tão escuros e instáveis, mas é preciso. 

Devemos estar sensíveis a tudo que ocorre no mundo e à nossa volta, seja aqui ao lado, com nossos vizinhos, seja do outro lado do planeta. Tudo importa. Tudo faz parte de Seu plano. Devemos chorar pela criança ferida pelo ato terrorista, e sorrir pelo amigo que encontrou sua alma gêmea. Devemos aproveitar um dia mais vago para fazer parte de um programa solidário, e devemos celebrar momentos raros junto com a família, mesmo tendo que adiar outros compromissos. Devemos ser sensíveis e nos manter atentos. A vida são folhas de um livro que vão se completando. E ninguém quer ver uma página do livro vazia.

Por esta razão, quando você escutar novamente seu despertador com o alarme berrando pela manhã, pode até continuar a aproveitar mais cinco minutos. Mas quando o shofar - o despertador das almas - der seu toque, não hesite sequer um minuto! Saiba que é hora de fazer de tudo nestes dias tão especiais e propícios, para jamais se arrepender do que deixou para trás.

Desperte para boas decisões, mas principalmente, para bons atos.

Siga em frente, não desista.

Shalom, shalom!



Fonte:http://www.chabad.org.br

A VERDADE SOBRE O NATAL - ESTUDO COMPLETO

A Verdade Sobre o Natal - estudo completo!

Enciclopédia Católica (edição de 1911): ”A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja… os primeiros indícios dela são provenientes do Egito… os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se concentravam na festa do Natal”.
Orígenes, um dos chamados pais da Igreja (ver mesma enciclopédia acima): ”… não vemos nas Escrituras ninguém que haja celebrado uma festa ou celebrado um grande banquete no dia do seu natalício. Somente os pecadores (como Faraó e Herodes) celebraram com grande regozijo o dia em que nasceram neste mundo”.
Autoridades históricas demonstram que, durante os primeiros 3 séculos da nossa era, os cristãos não celebraram o Natal. Esta festa só começou a ser introduzida após o início da formação daquele sistema que hoje é conhecido como Igreja Romana (isto é, no século 4o). Somente no século 5o foi oficialmente ordenado que o Natal fosse observado para sempre, como festa cristã, no mesmo dia da secular festividade romana em honra ao nascimento do deus Sol, já que não se conhecia a data exata do nascimento de Cristo.
Se fosse da vontade de Deus que guardássemos e celebrássemos o aniversário do NASCIMENTO de Jesus Cristo, Ele não haveria ocultado sua data exata, nem nos deixaria sem nenhuma menção a esta comemoração, em toda a Bíblia. Ao invés de envolvermo-nos numa festa de origem não encontrada na Bíblia mas somente no paganismo, somos ordenados a adorar Deus, a relembrar biblicamente a MORTE do nosso Salvador, e a biblicamente pregar esta MORTE e seu significado, a vitoriosa RESSURREIÇÃO do nosso Salvador, Sua próxima VINDA gloriosa, sua mensagem de SALVAÇÃO para os que crêem verdadeiramente e PERDIÇÃO para os não crentes verdadeiros.
1. JESUS NÃO NASCEU EM 25 DE DEZEMBRO
Quando Ele nasceu ”… havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.”  (Lucas 2:8). Isto jamais pôde acontecer na Judéia durante o mês de dezembro: os pastores tiravam seus rebanhos dos campos em meados de outubro e [ainda mais à noite] os abrigavam para protegê-los do inverno que se aproximava, tempo frio e de muitas chuvas (Adam Clark Commentary, vol. 5, página 370). A Bíblia mesmo prova, em Cant 2:11 e Esd 10:9,13, que o inverno era época de chuvas, o que tornava impossível a permanência dos pastores com seus rebanhos durante as frígidas noite, no campo. É também pouco provável que um recenseamento fosse convocado para a época de chuvas e frio (Lucas 2:1).

2. COMO ESTA FESTA SE INTRODUZIU NAS IGREJAS?
The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge (A Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso, de Schaff-Herzog) explica claramente em seu artigo sobre o Natal:
“Não se pode determinar com precisão até que ponto a data desta festividade teve origem na pagã Brumália (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17 a 24 de dezembro) e comemorava o nascimento do deus sol, no dia mais curto do ano.
As festividades pagãs de Saturnália e Brumália estavam demasiadamente arraigadas nos costumes populares para serem suprimidos pela influência cristã. Essas festas agradavam tanto que os cristãos viram com simpatia uma desculpa para continuar celebrando-as sem maiores mudanças no espírito e na forma de sua observância. Pregadores cristãos do ocidente e do oriente próximo protestaram contra a frivolidade indecorosa com que se celebrava o nascimento de Cristo, enquanto os cristãos da Mesopotâmia acusavam a seus irmãos ocidentais de idolatria e de culto ao sol por aceitar como cristã essa festividade pagã.
Recordemos que o mundo romano havia sido pagão. Antes do século 4o os cristãos eram poucos, embora estivessem aumentando em número, e eram perseguidos pelo governo e pelos pagãos. Porém, com a vinda do imperador Constantino (no século 4o) que se declarou cristão, elevando o cristianismo a um nível de igualdade com o paganismo, o mundo romano começou a aceitar este cristianismo popularizado e os novos adeptos somaram a centenas de milhares.
Tenhamos em conta que esta gente havia sido educada nos costumes pagãos, sendo o principal aquela festa idólatra de 25 de dezembro. Era uma festa de alegria [carnal] muito especial. Agradava ao povo! Não queriam suprimi-la.”
O artigo já citado da “The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge” revela como Constantino e a influência do maniqueísmo (que identificava o Filho de Deus com o sol) levaram aqueles pagãos do século 4o (que tinham [pseudamente] se “convertido em massa” ao [pseudo] “cristianismo”) a adaptarem a sua festa do dia 25 de dezembro (dia do nascimento do deus sol), dando-lhe o título de dia do natal do Filho de Deus.
Assim foi como o Natal se introduziu em nosso mundo ocidental! Ainda que tenha outro nome, continua sendo, em espírito, a festa pagã de culto ao sol. Apenas mudou o nome. Podemos chamar de leão a uma lebre, mas por isto ela não deixará de ser lebre.
A Enciclopédia Britânica diz:
“A partir do ano 354 alguns latinos puderam mudar de 6 de janeiro para 25 de dezembro a festa que até então era chamada de Mitraica, o aniversário do invencível sol… os sírios e os armênios idólatras e adoradores do sol, apegando-se à data de 6 de janeiro, acusavam os romanos, sustentando que a festa de 25 de dezembro havia sido inventada pelos discípulos de Cerinto.”
3. A VERDADEIRA ORIGEM DO NATAL
O Natal é uma das principais tradições do sistema corrupto chamado Babilônia, fundado por Nimrode, neto de Cam, filho de Noé. O nome Nimrode se deriva da palavra “marad”, que significa “rebelar”. Nimrode foi poderoso caçador CONTRA Deus (Gn 10:9). Para combater a ordem de espalhar-se:
- criou a instituição de ajuntamentos (cidades);- construiu a torre de Babel (a Babilônia original) como um quádruplo desafio a Deus (ajuntamento, tocar aos céus, fama eterna, adoração aos astros);- fundou Nínive e muitas outras cidades;- organizou o primeiro reino deste mundo.A Babilônia é um sistema organizado de impérios e governos humanos, de explorações econômicas, e de todos os matizes de idolatria e ocultismo.
Nimrode era tão pervertido que, segundo escritos, casou-se com sua própria mãe, cujo nome era Semiramis. Depois de prematuramente morto, sua mãe-esposa propagou a perversa doutrina dareencarnação de Nimrode em seu filho Tamuz. Ela declarou que, em cada aniversário de seu natal(nascimento), Nimrode desejaria presentes em uma árvore.
Dentre as diferentes versões, uma diz que após a morte de Ninrode, ela teria ficado grávida e, para esconder a vergonha, disse ter sido fecundada pelo próprio Ninrode, o qual se convertera no deus sol. Seu filho chamou-se Tamuz, e foi considerado o filho do deus sol, ou deus redentor. Instituiu-se a comemoração da data do nascimento de Tamuz – 25 de dezembro. Tamuz morreu enquanto sua mãe ainda vivia. Diz a lenda que seu corpo foi esquartejado e os pedaços enviados para diferentes partes. Então, sua mãe ordenou uma busca pelos pedaços para recompor o corpo do filho. Esta busca demorou quarenta dias, aos final dos quais ela se coloca sobre o corpo do morto e o faz ressuscitar. Então, mais tarde foi instituído o uso do pinheiro na comemoração do nascimento de Tamuz, o qual era um símbolo de ressurreição. Diz-se que os adoradores do deus sol ofereciam sacrifícios humanos – os corpos de pessoas que não estavam em harmonia com sua religião. Essas eram degoladas, e suas cabeças eram penduradas no pinheiro da festa em honra a Tamuz.

Algumas tribos ainda hoje mantém este ritual, como os devotos da seita tântrica, na Índia. Na foto, vemos alguns desses adoradores, segurando galhos de árvore em que estão pendurados crânios, como oferta para o(a) deus(a) Shiva.
A data do nascimento de Tamuz foi em 25 de dezembro. Aqui está a verdadeira origem da árvore de Natal.
Semiramis se converteu na “rainha do céu” e Nimrode, sob diversos nomes, se tornou o “divino filho do céu”. Depois de várias gerações desta adoração idólatra, Nimrode também se tornou um falso messias, filho de Baal, o deus-sol. Neste falso sistema babilônico, a mãe e o filho (Semiramis e Nimrode encarnado em seu filho Tamuz) se converteram nos principais objetos de adoração. Esta veneração de “a Madona e Seu Filho” (o par “mãe influente + filho poderoso e obediente à mãe”) se estendeu por todo o mundo, com variação de nomes segundo os países e línguas. Por surpreendentemente que pareça, encontramos o equivalente da “Madona”, da Mariolatria, muito antes do nascimento de Jesus Cristo!
Nos séculos 4o e 5o os pagãos do mundo romano se “converteram” em massa ao “cristianismo”, levando consigo suas antigas crenças e costumes pagãos, dissimulando-os sob nome cristãos. Foi quando se popularizou também a idéia de “a Madona e Seu Filho”, especialmente na época do Natal. Os cartões de Natal, as decorações e as cenas do presépio refletem este mesmo tema.
A verdadeira origem do Natal está na antiga Babilônia. Está envolvida na apostasia organizada que tem mantido o mundo no engano desde há muitos séculos! No Egito sempre se creu que o filho de Ísis (nome egípcio da “rainha do céu”) nasceu em 25 de dezembro. Os pagãos em todo o mundo conhecido já celebravam esta data séculos antes do nascimento de Cristo.
Jesus, o verdadeiro Messias, não nasceu em 25 de dezembro. Os apóstolos e a igreja primitiva jamais celebraram o natalício de Cristo. Nem nessa data nem em nenhuma outra. Não existe na Bíblia ordem nem instrução alguma para fazê-lo. Porém, existe, sim, a ordem de atentarmos bem e lembrarmos sempre a Sua MORTE (1Co 11:24-26; Joã 13:14-17).
4. OUTROS COSTUMES PAGÃOS, NO NATAL: GUIRLANDA, VELAS, PAPAI NOEL
A GUIRLANDA (coroa verde adornada com fitas e bolas coloridas) que enfeita as portas de tantos lares é de origem pagã. Dela disse Frederick J. Haskins em seu livro “Answer to Questions” (Respostas a Algumas Perguntas): ”[A guirlanda] remonta aos costumes pagãos de adornar edifícios e lugares de adoração para a festividade que se celebrava ao mesmo tempo do [atual] Natal. A árvore de Natal vem do Egito e sua origem é anterior à era Cristã.”
Também as VELAS, símbolo tradicional do Natal, são uma velha tradição pagã, pois se acendiam ao ocaso para reanimar ao deus sol, quando este se extinguia para dar lugar à  noite.
PAPAI NOEL é lenda baseada em Nicolau, bispo católico do século 5o. A Enciclopédia Britânica, 11ª edição, vol. 19, páginas 648-649, diz: ”São Nicolau, o bispo de Mira, santo venerado pelos gregos e latinos em 6 de dezembro… conta-se uma lenda segundo a qual presenteava ocultamente a três filhas de um homem pobre… deu origem ao costume de dar em secreto na véspera do dia de São Nicolau (6 de dezembro), data que depois foi transferida para o dia de Natal. Daí a associação do Natal com São Nicolau…”
Os pais castigam a seus filhos por dizerem mentiras. Porém, ao chegar o Natal, eles mesmos se encarregam de contar-lhes a mentira de “Papai-Noel”, dos “Reis Magos” e do “Menino Deus”! Por isso não é de se estranhar que, ao chegarem à idade adulta, também creiam que Deus é um mero mito. – Certo menino, sentindo-se tristemente desiludido ao conhecer a verdade acerca de Papai Noel, comentou a um amiguinho: ”Sim, também vou me informar acerca do tal Jesus Cristo!” – É cristão ensinar às crianças mitos e mentiras? Deus disse: ”… nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um  com o seu próximo;”  (Lev 19:11). Ainda que à mente humana pareça bem e justificado, Deus, porém, disse:”Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.”  (Prov 16:25).
Estudados os fatos, vemos com assombro que o costume de celebrar o Natal, em realidade, não é costume cristão mas, sim, pagão. Ele constitui um dos caminhos da Babilônia no qual o mundo tem caído!
5. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A ÁRVORE DE NATAL?
As falsas religiões sempre utilizaram a madeira, bem como as árvores, com fins de idolatria:
“Sacrificam sobre os cumes dos montes, e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, e do álamo, e do olmeiro, porque é boa a sua sombra; por isso vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram.”  (Os 4:13)
“Não plantarás nenhuma árvore junto ao altar do SENHOR teu Deus, que fizeres para ti.” (Deut 16:21)
Essas árvores ou pedaços de madeira serviam para adoração e culto doméstico. O pinheiro – símbolo natalino – possui a mesma conotação.
6. É BÍBLICA A TROCA DE PRESENTES?
Biblioteca Sacra, vol. 12, páginas 153-155: ”A troca de presentes entre amigos é característico tanto do Natal como da Saturnália, e os cristãos seguramente a copiaram dos pagãos, como o demonstra com clareza o conselho de Tertuliano”.
O costume de trocar presentes com amigos e parentes durante a época natalina não tem absolutamente nada a ver com o cristianismo! Ele não celebra o nascimento de Jesus Cristo nem O honra! (Suponhamos que alguma pessoa que você estima está aniversariando. Você a honraria comprando presentes para os seus próprios amigos??… Omitiria a pessoa a quem deveria honrar??… Não parece absurdo deste ponto de vista?!…)
Contudo, isto é precisamente o que as pessoas fazem em todo o mundo. Observam um dia em que Cristo não nasceu, gastando muito dinheiro em presentes para parentes e amigos. Porém, anos de experiência nos ensinam que os cristãos confessos se esquecem de dar o que deviam, a Cristo e a Sua obra, no mês de dezembro. Este é o mês em que mais sofre a obra de Deus. Aparentemente as pessoas estão tão ocupadas trocando presentes natalinos que não se lembram de Cristo nem de Sua obra. Depois, durante janeiro a fevereiro, tratam de recuperar tudo o que gastaram no Natal, de modo que muitos, no que se refere ao apoio que dão a Cristo e Sua obra, não voltam à normalidade até março.
Vejamos o que diz a Bíblia em Mateus 2:1,11 com respeito aos presentes que levaram os magos quando Jesus nasceu:
“E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magoSvieram do oriente a Jerusalém, … E, entrando na CASA, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, O adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-LHE dádivas: ouro, incenso e mirra.”
7. POR QUE OS MAGOS LEVARAM PRESENTES A CRISTO?
Por ser o dia de seu nascimento? De maneira nenhuma! Pois eles chegaram muitas semanas ou meses depois do seu nascimento (Mt 2:16). Ao contrário do que mostram os presépios, Jesus já estava numacasa, não numa estrebaria.
Então, os magos deram presentes uns aos outros para deixar-nos exemplo a ser imitado? Não! Eles não trocaram nenhum presente com seus amigos e familiares, nem entre si mesmos, mas sim presentearam unicamente a CRISTO.
Por que? O mencionado comentário bíblico de Adan Clarke, vol. 5, pg.46, diz: ”Versículo 11 (“ofereceram-lhe presentes”). No Oriente não se costuma entrar na presença de reis ou pessoas importantes com as mãos vazias. Este costume ocorre com freqüência no Velho Testamento e ainda persiste no Oriente e em algumas ilhas do Pacífico Sul.”
Aí está! Os magos não estavam instituindo um novo costume cristão de troca-troca de presentes para honrar o nascimento de Jesus Cristo! Procederam de acordo com um antigo costume Oriental que consistia em levar presentes ao rei ao apresentarem-se a ele. Eles foram pessoalmente à presença do Rei dos Judeus. Portanto, levaram oferendas, da mesma maneira que a rainha de Sabá levou a Salomão, e assim como levam aqueles que hoje visitam um chefe de estado.
O costume de trocas de presentes de Natal nada tem a ver com o nascimento do Cristo de Deus, é apenas a continuação de um costume pagão.
8. UM “NATAL CORRIGIDAMENTE CRISTÃO”  PODERIA REALMENTE HONRAR A CRISTO?
Há pessoas que insistem em que, apesar das raízes do Natal estarem no paganismo, agora elas não observam o Natal para honrarem um falso deus, o deus sol, senão para honrarem a Jesus Cristo. Mas diz Deus:
“Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, …; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: ‘Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu.’    Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que Ele odeia, fizeram eles a seus deuses; …”.  (Deut 12:30-31)
“Assim diz o SENHOR: ‘Não aprendais o caminho dos gentios, …    Porque os costumes dos povos são vaidade; …’” (Jr 10:2-3).
Deus disse-nos claramente que não aceitará este tipo de adoração: ainda que tenha hoje a intenção de honrá-Lo, teve origem pagã e, como tal, é abominável e honra não a Ele mas sim aos falsos deuses pagãos.
Deus não quer que O honremos “como nos orienta a nossa própria consciência”:
“Deus é Espírito; e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade”. (Joã 4.24).
O que é a verdade? Jesus disse que a Sua palavra, a Bíblia, é a verdade (Joã 17:17).  E a Bíblia diz que Deus não aceitará o culto de pessoas que, querendo honrar a Cristo, adotem um costume pagão:
“Mas em vão me adoram, ensinando doutrina que são preceitos dos homens.” (Mt 15:9).
A comemoração do Natal é um mandamento (uma tradição) de homens e isto não agrada a Deus.
“E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus” (Mat 15:6).
“Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses…”  (Deut 12:31)
Não podemos honrar e agradar a Deus com elementos de celebrações pagãs!
9. ESTAMOS NA BABILÔNIA, SEM O SABERMOS
Nem precisamos elaborar: quem pode deixar de ver nauseabundos comercialismo, idolatria, e contemporização, por trás do “Natal”?… E que diz Deus? Devemos “adaptar e corrigir o erro”? Ou devemos praticar “tolerância zero, separação total”?
“Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” (Ap 18:4)
10. AFINAL, A BÍBLIA MOSTRA QUANDO NASCEU JESUS?
Jesus Cristo nasceu na festa dos Tabernáculos, a qual acontecia a cada ano, no final do 7º mês (Iterem) do calendário judaico, que corresponde [mais ou menos, pois o calendário deles é lunar-solar, o nosso é solar] ao mês de setembro do nosso calendário. A festa dos Tabernáculos (ou das Cabanas) significava Deus habitando com o Seu povo. Foi instituída por Deus como memorial, para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo deserto, dias em que o Senhor habitou no Tabernáculo no meio de Seu povo (Lev 23:39-44; Nee 8:13-18 ).
Em João 1:14 (“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”) vemos que o Verbo (Cristo) habitou entre nós. Esta palavra no grego é skenoo = tabernáculo. Devemos ler ”E o Verbo se fez carne, e TABERNACULOU entre nós, e…”. A festa dos Tabernáculos cumpriu-se em Jesus Cristo, o Emanuel (Isa 7:14)  que significa ”Deus conosco”. Em Cristo se cumpriu não apenas a festa dos Tabernáculos, mas também a festa da Páscoa, na Sua morte  (Mat. 26:2; 1Cor 5:7), e a festa do Pentecostes, quando Cristo imergiu dentro do Espírito Santo a todos os que haveriam de ser salvos na dispensação da igreja (Atos 2:1).
Vejamos nas Escrituras alguns detalhes que nos ajudarão a situar cronologicamente o nascimento de Jesus:
· Os levitas eram divididos em 24 turnos e cada turno ministrava por 1/24 = 15 dias, 2 vezes ao ano. Os números estão arredondados, pois 24 turnos x 15 dias = 360 dias =/= 365,2422 dias = 1 ano. Durante os sábados especiais, todos os turnos ministravam juntamente; 1Cr 24:1-19.· O oitavo turno pertencia a Abias (1Cr 24:10).· O primeiro turno iniciava-se com o primeiro mês do ano judaico – mês de Abibe. Êxo 12:1-2; 13:4; Deut 16:1; Ex 13:4.· Usualmente havia 12 meses, alguns deles com 29 dias, outros com 30 dias, totalizando apenas 12 x 29,5 = 354 dias, ficando faltando 11,2422 dias para o ano solar. A cada 3 ou anos a distorção entre este calendário e o solar era corrigida através da introdução do mês de Adar II.Temos a seguinte correspondência:

Zacarias, pai de João Batista, era sacerdote e ministrava no templo durante o “turno de Abias” (Tamuz, i.é, junho / julho) (Luc 1:5,8,9).
Terminado o seu turno voltou para casa e (conforme a promessa que Deus lhe fez) sua esposa Isabel, que era estéril, concebeu João Batista (Luc 1:23-24) no final do mês Tamus (junho / julho) ou início do mês Abe (julho / agosto).
Jesus foi concebido 6 meses depois (Luc 1:24-38), no fim de Tebete (dezembro / janeiro) ou início de Sebate (janeiro / fevereiro).
Nove meses depois, no final de Etenim (que cai em setembro e/ou outubro), mês em que os judeus comemoravam a Festa dos Tabernáculos, Deus veio habitar, veio tabernacular conosco. Nasceu Jesus, o Emanuel (“Deus conosco”).


OUTROS ESTUDOS

ORIGEM DO CARNAVAL NO MUNDO

ESTA NOTA QUE ESTOU TRAZENDO FOI RETIRADA NA ÍNTEGRA DI SITE: MUNDO EDUCAÇÃO.
FEITO POR UM HISTORIADOR NÃO CRISTÃO PROTESTANTE.
PARA QUE VOCÊ ENTENDA, NA HISTÓRIA QUANDO SE DIZ CRISTIANISMO, REFERE-SE AO CRISTÃO CATÓLICO E NÃO CRISTÃO "PROTESTANTE".

SURPREENDENTEMENTE MAIS UMA "FESTA" ORIGINADA EM ROMA...


Ao pensarmos sobre o Carnaval, temos o hábito de considerá-lo como uma típica festa brasileira. A presença dessa festividade em nossa cultura é tão grande que muitos chegam a afirmar que o ano começa depois do Carnaval. No exterior, essa mesma festa se transformou em um dos grandes referenciais da cultura brasileira. No imaginário de muitos estrangeiros “carnaval” está entre as três primeiras palavras quando o assunto é Brasil. 

No entanto, podemos afirmar que o carnaval não é uma festa brasileira. Remontando pesquisas históricas que chegam até a Antiguidade Clássica, temos informações que os festejos de carnaval passaram por muitas transformações e se fez presente em diferentes culturas do mundo. Até chegarmos ao Carnaval dos padrões hoje conhecidos, diferentes tipos de festa ocorreram com o mesmo nome. 

O carnaval é originário da Roma Antiga e, incorporado pelas tradições do cristianismo, passou a marcar um período de festividades que aconteciam entre o Dia de Reis e a quarta-feira anterior à Quaresma. Em Roma, a Saturnália seria a festa equivalente ao carnaval. Nela um “carro naval” percorria as ruas da cidade enquanto pessoas vestidas com máscaras realizavam jogos e brincadeiras. 

Segundo outra corrente, o termo “carnaval” significa o “adeus à carne” ou “a carne nada vale” e, por isso mesmo, traz em sua significação a celebração dos prazeres terrenos. Em outras pesquisas, alguns especialistas tentam relacionar as festas carnavalescas com os rituais de adoração aos deuses egípcios Ísis e Osíris. 


Mesmo contado com a resistência de algumas alas mais conservadoras, o Carnaval passou a contar com um período de celebração regular quando, em 1091, a Igreja oficializou a data da Quaresma. Contando com esse referencial, o carnaval começou a ser usualmente comemorado como uma antítese ao comportamento reservado e à reflexão espiritual que marcam a data católica. Assim, a festa carnavalesca passou a ser compreendida como um período onde as obrigações e diferenças do mundo cotidiano fossem anuladas.

Durante a Idade Moderna, os bailes de máscara, as fantasias e os carros alegóricos foram incorporados à festa. Com o passar do tempo, as características improvisadas e subversivas do Carnaval foram perdendo espaço para eventos com maior organização e espaços reservados à sua prática. Grande parte da inspiração do nosso carnaval contemporâneo foi trazida com a grande influência que a cultura francesa teve no Brasil, principalmente, no século XIX.

Atualmente, o prestígio alcançado pelos desfiles de carnaval, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, e a disseminação das chamadas micaretas trouxeram novas transformações ao evento. Alguns críticos chegam a afirmar que o sentido popular da festa perdeu lugar. Apesar dessas mudanças, esse quatro dias do calendário são aguardados com muita expectativa. Seja pela expectativa do festejo, ou pelo descanso. 


Por Rainer Sousa Mestre em História

O QUE É UMA IGREJA EM CÉLULAS

Todos os dias, no templo e de casa em casa, ensinavam e proclamavam Jesus (At 5.42).

Uma igreja em células é a maneira mais prática de viver assim como viviam os primeiros cristãos.
Assim como o nosso corpo é composto de milhares de células, a igreja que é um corpo é formada de incontáveis células que são os cristãos.
Na igreja local, uma célula é um grupo de TRÊS a DOZE pessoas que se reúnem para experimentar o amor de Deus na comunhão com os irmãos, procurando sempre alcançar outras pessoas para Cristo.
As células são parte de um todo que é a igreja, elas não estão isoladas, independentes, mas interdependentes. As células se reúnem em vários locais do bairro e da cidade, mas se encontram para adorar e celebrar ao Senhor Jesus Cristo. Todos os crentes são pastoreados nas células de modo efetivo. Assim, mesmo que a igreja tenha milhares de discípulos, todos são assistidos pelos líderes das células, seus auxiliares e demais membros. A pessoa não fica isolada e nem sem acompanhamento, pois todos se tornam discípulos.

OS CINCO OBJETIVOS DA CÉLULA

  1. COMUNHÃO: Desenvolvimento de vida partilhada, alvos comuns e aliança mútua entre todos os membros.
  2. EDIFICAÇÃO: A célula oferece o ambiente para o crescimento espiritual, aprendizado prático e disciplina em amor
  3. EVANGELISMO: A célula é o lugar onde inseríamos novos membros. É onde alimentamos, guardamos e suprimos os novos irmãos.
  4. SERVIÇO: Cada crente um ministro e cada casa uma igreja. Cada um recebeu um dom e na célula os dons são exercitados para o serviço mútuo.
  5. CONSOLIDAÇÃO: Acompanhamento fazendo os primeiros passos no discipulado, firmando bem a fé e a convicção de salvação, e encaminhado para o encontro, a Escola de líderes e o batismo, etc. No modelo dos doze as pessoas vão se tornando discípulos, vão se tornando doze de alguém que já tem cobertura e acompanhamento de um discipulador.
Sabemos segundo a Palavra de Deus que a Igreja primitiva começou com dois tipos de reuniões. Reuniões nas casas e reuniões no templo (At 2.42).
A Bíblia diz que os primeiros cristãos se reuniam no templo. Naquela época só tinha o templo judeu que não era um local próprio para receber as pessoas. Somente o sumo sacerdote podia entrar em sua parte mais interior uma vez por ano. Na realidade os cristãos se reuniam no pátio do templo, não dentro do templo. Não havia outro local em Jerusalém que comportasse tantas pessoas. Lá era um local público e assim facilitava a reunião dos irmãos para a oração, edificação e pregação do evangelho.


A Igreja do Novo Testamento começou com dois tipos de reuniões:
1. As celebrações que se realizavam em lugares públicos onde se reuniam uma multidão de cristãos.2. As reuniões nas casas eram grupos pequenos que hoje chamamos células.
Como não tinham um templo próprio para suas reuniões, a igreja primitiva começou desde o início a reunir-se nas casas (At 12.12; Rm 16.3-5; Cl 4.15; Filem 2). Isso se tornou uma grande estratégia de conquista, por maior que fosse a perseguição, a igreja continuava a crescer. Sabemos que no terceiro século, antes da igreja casar-se com o estado, Roma estava se dobrando diante do poder de Deus manifesto através da igreja em células.
Deus tem restaurado à sua Igreja como no modelo da igreja primitiva.

A combinação das reuniões de celebrações com as células não é uma idéia humana, mas sim o modelo que a Bíblia e a história demonstram que tem sido o sistema de Deus para o crescimento do seu reino na terra, a sua igreja.O modelo que tem crescido não só em número, mas também em qualidade e solidez é o governo dos doze. O grupo de doze ou como é conhecido, G12.
Somente os neófitos mal informados, líderes que deram crédito as mentiras, aqueles que não querem mudar, pessoas que estão acomodadas com pouco e desinteressados em estudos sobre o assunto, resistem a esta visão, mas ela é atraente aos que estudam e buscam a multiplicação. A Igreja em Células não é modismo, é resgate. Alem de ser uma grande estratégia, sabemos que estamos voltando ao método da igreja primitiva, que se reunia de casa em casa, até mesmo dentro das bases de César, pois até a guarda pretoriana foi alcançada e sabemos que todos também não deixava de ir ao templo para o ensino, o louvor e a adoração.
Faça uma pesquisa, examine os textos bíblicos que falam sobre a questão da igreja em casa e no templo.
Hoje nós estamos sendo desafiados a um momento de grande êxito.
O objetivo principal da visão celular é gerar uma igreja de vencedores, de conquistadores, de líderes que amam multidões, é trabalhar para a edificação da Igreja como a Noiva de Cristo. Nas células as pessoas não são apenas números e sim vidas importantes para Deus e para nós.
Segundo a Palavra de Deus só iremos ganhar indo além de entregarmos nossas vidas ao Senhor Jesus, também precisamos levar outros a serem salvos e qualquer pessoa, de coração sincero e puro, pode fazer parte disso. Lembre-se dos seus familiares, amigos e todos que cruzarem seu caminho, todos precisam de paz, amor e salvação. Jesus é a resposta para nossa vida. Numa célula, as pessoas poderão ter um contato íntimo e profundo com o Senhor Jesus. Alem disto existe o relacionamento e comunhão profunda com os irmãos.

Extraído do site: www.ededeus.com.br 



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